O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, anunciou hoje que o governo poderá realizar um novo bloqueio no orçamento em breve. Ele destacou que a equipe econômica tem aplicado uma “pressão adicional” nos custos da Previdência Social, o que pode resultar na suspensão de recursos discricionários.
Ceron afirmou em uma coletiva de imprensa para comentar os resultados do Tesouro de julho que “Pode ser que haja uma pressão adicional de Previdência e que seja emitido um bloqueio adicional. Não me parece, neste momento, que vai ocorrer uma pressão dos níveis que observamos no bimestre passado, mas vamos observar.”
Ele ressaltou a necessidade de cautela em relação ao contingenciamento e afirmou que apenas será realizado se houver uma real necessidade. Ceron ainda mencionou que as próximas semanas serão decisivas e que os fatores estão mais inclinados a resultados positivos do que negativos.
No último relatório bimestral de receitas e despesas, o governo bloqueou R$ 11,2 bilhões no orçamento federal, devido ao aumento nas despesas obrigatórias, afetando todos os ministérios. O secretário também mencionou que medidas adicionais para cumprir a meta fiscal poderão ser incluídas no próximo relatório bimestral, que será apresentado no final de setembro.
Ele destacou que ajustes serão necessários devido às estimativas de receitas que não foram alcançadas, como no caso das decisões judiciais do Carf, que ainda não resultaram em ganhos significativos para os cofres públicos.
Ceron também mencionou a possibilidade de outros recursos entrarem nas contas do Tesouro ainda este ano, como o resgate de depósitos esquecidos em bancos, pendente de análise da Câmara dos Deputados.
Por fim, o secretário comentou sobre a importância de adotar medidas para cumprir a meta fiscal e destacou a prontidão da equipe para enfrentar os desafios financeiros.