A produção industrial brasileira iniciou o segundo semestre com uma queda maior do que o esperado em julho, marcando o quarto mês negativo do ano. Em comparação com o mês anterior, a produção recuou 1,4%, sendo pior do que a expectativa de -0,9% na pesquisa da Reuters. No entanto, em relação ao mesmo mês do ano anterior, houve um avanço de 6,1%. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os resultados colocam a indústria 1,4% acima do nível pré-pandemia, mas ainda 15,5% abaixo do ponto mais alto da série histórica. O gerente de pesquisa do IBGE, André Macedo, explicou que o recuo registrado em julho está relacionado ao avanço expressivo do mês anterior e a paralisações em importantes plantas industriais.
No segundo trimestre, o setor industrial teve um crescimento de 1,8%, contribuindo para a atividade econômica brasileira. A expectativa é que a indústria continue contribuindo de forma modesta, em um cenário de mercado de trabalho aquecido e inflação sob controle. Em julho, os resultados negativos foram centrados em sete dos 25 ramos industriais pesquisados, com quedas significativas em produtos alimentícios, derivados do petróleo, indústrias extrativas e celulose.
Os bens de consumo tiveram uma queda de 2,5% na produção em julho, enquanto os bens intermediários recuaram 0,3% e a fabricação de bens de capital teve um aumento de 2,5%.