As explosões solares são eventos intensos que ocorrem na atmosfera do Sol, com durações que variam de minutos a algumas horas. Segundo o modelo padrão, a energia que desencadeia tais características é transportada por elétrons acelerados que se precipitam da região de reconexão magnética na coroa para a cromosfera.
Um estudo recente comparou resultados de simulações computacionais baseadas no modelo com dados de observação fornecidos pelo telescópio McMath-Pierce durante a herança SOL2014-09-24T17:50. O foco foi medir o lapso temporal na emissão de radiação em infravermelho (IR) de duas fontes cromosféricas pareadas. O trabalho foi publicado no periódico “Avisos mensais da Royal Astronomical Society”.
Foi observado um atraso de 0,75 segundo entre as emissões dos pés de arco, o que desafia o modelo padrão de transporte de energia por feixes de elétrons. Diante disso, os pesquisadores concluíram que é necessário reformular o modelo padrão, considerando outros mecanismos de transporte de energia, como ondas magnetossônicas, transporte condutivo ou outras formas de transporte de energia.
O estudo recebeu apoio da FAPESP por meio de dois projetos e pode ser acessado em: https://academic.oup.com/mnras/article/532/1/705/7699879.