O Banco Central (BC) deve manter a taxa de juros em 10,5% ao ano até o primeiro semestre de 2025, segundo o Inter. Apesar de considerar um processo de desinflação mais lento, a instituição acredita que a Selic permanecerá no mesmo patamar, mesmo havendo expectativas de alta.
O contexto atual é mais favorável, com a recuperação do câmbio, redução dos riscos externos e a possibilidade de o Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos começar a reduzir os juros. No entanto, o risco de aumento da taxa de juros ainda é considerável, devido à inflação acima do esperado, especialmente nos preços de serviços.
Em relação à inflação, a expectativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi revisada para cima, prevendo 4,4% em 2024 e 3,8% em 2025. O processo de queda da inflação deve começar em 2025, com um cenário mais benigno dependendo de uma revisão significativa dos gastos fiscais.
Além disso, o Inter prevê um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 1% no segundo trimestre de 2024, destacando a surpresa positiva nas atividades econômicas. No entanto, o risco fiscal ainda é considerado alto, com o quadro fiscal restrito e o cumprimento da meta sendo os principais desafios.
Por fim, o banco estima que o déficit primário encerre 2024 próximo de R$ 60 bilhões, com a necessidade de cumprir a meta fiscal para garantir a estabilidade econômica.